Se você tem entre 18 e 24 anos e está cursando a graduação, pode-se considerar um vitorioso das estatísticas sobre educação no Brasil.
Mais de 6,3 milhões de estudantes estavam matriculados em cursos do ensino superior em 2010. No entanto, em 2014, praticamente a metade (49%) abandonou o curso, segundo o Censo da Educação Superior.
Um dos agravantes para essa triste notícia é a ausência de orientação vocacional durante o ensino médio, afirma o ministro da Educação, Mendonça Filho. “O Brasil tem apenas 8% dos alunos do ensino médio em programas vocacionais (enquanto nosso vizinho Chile tem 30%). A falta de orientação contribui para que haja uma desistência significativa dos jovens que ingressam no nível superior”, disse o ministro em entrevista.
Então, se você estudou muito para o Enem ou vestibular, passou horas a fio na frente do computador e de livros e não está feliz com sua escolha profissional, você não está sozinho, há pouco mais de 3 milhões de estudantes nessa mesma situação!
Antes que essa escolha vire um grande pesadelo, saiba que a orientação profissional que você provavelmente não teve na escola, pode ser feita a qualquer momento de sua vida.
Uma coisa é certa, em um mundo em constante transformação, as “escolhas” ou decisões de carreira irão acontecer inúmeras vezes durante todo o ciclo de vida e em diferentes contextos. Isso demanda das pessoas uma constante revisão de si mesmo acerca de perguntas como: Quem eu sou? Com o que quero trabalhar? Que sentido tem para mim escolher por uma ou outra profissão?
E como esse processo pode te ajudar?
Uma escolha profissional é fruto da experiência passada, circunstâncias presentes e visão de futuro que uma pessoa traz e, por isso mesmo, é um processo dinâmico.
O profissional, em conjunto com o cliente, irá entender que aspectos da escolha profissional precisam ser trabalhados, dentre eles: os valores, interesses e características pessoais que embasam suas decisões, além de seu conhecimento sobre as ocupações e mundo do trabalho e expectativas com relação ao futuro.
Essa abordagem concentra-se nos significados que a identidade profissional; formada pelos interesses, habilidades, traços de personalidade e valores; possuem para o indivíduo e como se inter-relacionam nos temas da vida, com foco no propósito.
Por fim, o processo tem como objetivo ajudar o cliente a construir projetos pessoais e profissionais auxiliando-o a criar sentido para suas experiências de vida e trabalho e não apenas orientar na escolha de um curso e/ou trabalho.
Se esse processo faz sentido para você, busque um profissional e fuja da triste estatística que assombra jovens, reitores e especialistas de educação por todo país.
Afinal, é necessário se preparar, pois apesar das estatísticas assombrosas sobre o sumiço de 5 milhões de empregos devido a Quarta Revolução Industrial, há outras previsões que afirmam que 85 milhões de oportunidades no mundo em 2020 não serão preenchidas por falta de pessoas suficientemente qualificadas.
E então, que história você vai querer contar quando chegar 2020?
Texto de Vanessa Teixeira
Psicóloga, orientadora de carreira, aconselhadora biográfica e facilitadora de grupos e processos de desenvolvimento humano.
Acesse: https://www.vanessa-teixeira.com/
